Capitulo 152
Liliane subiu com calma para o escritório, abriu o computador e acessou os arquivos criptografados.
Lá, estavam os relatórios de teste de DNA de Mavis, Eduardo e ela própria, juntamente com as evidências encontradas por Eduardo sobre a farsa de Mavis como a “salvadora“,
O material mais significativo era o vídeo da relação entre Mavis e Pablo.
Não tinha como negar, ela precisava agradecer ao Pablo por ter uma quedinha por manter evidências que ela poderia usar a seu favor.
Em dois meses e meio, ela teria a oportunidade de ver a expressão de Mavis quando confrontada com essas provas.
No entanto, uma grande dúvida permanecia em sua mente.
Parecia que havia alguém por trás de Mavis, apagando em silêncio as evidências do assassinato, incluindo a troca de Breno.
Mavis, sem dúvida, não ousaria deixar os membros das famílias Gabaldo e Lima saberem disso. Então, quem era essa pessoa agindo em segredo para ajudar ela?
Liliane se levantou da cadeira, segurando uma xícara, enquanto ponderava sobre esse enigma.
Sem perceber, quando mostrou o rosto, Joaquim, do prédio em frente, rapidamente tirou uma foto dela.
Na cidade M, no hotel.
William ainda estava a trabalho. Assim que ele acordou, recebeu as fotos de Joaquim.
Uma mostrava Liliane parada junto à janela, outra mostrava ela pegando Breno.
Ao ver o rosto dela, agora mais confiante do que nunca, William sentiu seu coração apertar.
Era Liliane, sua suposição estava correta, ela não estava morta!
Durante cinco longos anos, ele a procurou pelo mundo todo e ela nunca apareceu!
Ela nem mesmo deu a ele uma única pista!
Agora, ela voltou e queria se esconder dele.
Ela realmente não queria ver ele? Não queria falar com ele?
William fechou com força os punhos, querendo ver até que ponto essa mulher cruel podería esconder as coisas.
Ao mesmo tempo, ele notou a foto de Liliane pegando Breno.
O que ela estava planejando ao levar o filho dele?
Rapidamente, William ligou para Joaquim, instruindo ele a observar cada movimento de Liliane.
A tarde, no Apartamento Internacional da Serafim.
Mavis olhou fixamente para as duas fotos na mesa.
O menino se parecia com William e a menina se parecia com Liliane.
Liliane não estava morta?
Ela até trouxe as crianças para a Serafim?
Como ela se atrevia a voltar, carregando a acusação de ser uma “assassina“?
Os dois filhos de Liliane estavam na mesma turma do Breno. William já tinha visto eles?
Se William identificasse aquelas duas crianças ou se Liliane descobrisse que Breno era filho dela, será que ela ainda tinha a chance de retornar?
Mavis apertou com raiva os punhos.
Se ela soubesse, teria matado Liliane e suas duas crianças naquela hora!
Ela não podia se dar ao luxo de ficar sentada esperando!
Puxando o celular, ela ligou para a delegacia de polícia.
– Alô! Quero denunciar uma assassina! – Disse ela.
Mansão Baía.
Liliane, que já havia reservado um restaurante, estava prestes a sair com as crianças.
Ao descer, ouviu batidas na porta.
Lucinda foi atender e se deparou com policiais, sua expressão mudou
abruptamente.
– Olá, a Sra. Camila está? – Perguntou um policial, se aproximando e mostrando os documentos.
Lucinda se virou e olhou para Carlos em busca de orientação.
– Lucinda, quem é? – Perguntou Liliane, que estava na escada, antes que Carlos pudesse reagir.
Antes que Lucinda pudesse responder, os policiais entraram.
Ao ver Liliane, imediatamente compararam sua imagem com as fotos em seus arquivos.
Ao constatar que ela era idêntica à mulher procurada por assassinato, o tom dos policiais se tornou mais severo.
Sra. Camila, precisamos que nos acompanhe. – Disse o policial.
Capítulo 153