Capítulo 127
Pague! Não peço muito, apenas cinco milhões! Nem um centavo a menos! Resmungou a mulher gorda, com frieza.
– Cinco milhões como compensação pelo trauma psicológico de uma criança não é caro. – Comentou Liliane, sorrindo de leve.
–
– Você pode pagar? – Perguntou a mulher gorda, surpresa.
Claro que posso. Mas agora, não seria hora de calcular a compensação pelo
trauma psicológico dos meus filhos também? – Retrucou Liliane.
A mulher gorda mudou de expressão num instante.
–
Seus filhos estão bem, por que deveríamos calcular isso? – Questionou a mulher gorda.
– Precisa que eu revise as filmagens? Me lembro de você insultando minhas crianças como bastarda sem pai. As palavras podem ser tão prejudiciais quanto a violência. Eu não peço muito, apenas dez milhões para compensar o trauma psicológico de ambos os meus filhos. – Disse Liliane, olhando para as câmeras de vigilância no escritório.
A mulher robusta se levantou abruptamente, apontando com raiva para Liliane.
– Claro que foi sua filha que intimidou o meu filho! E agora vem me acertar contas? – Questionou a mulher gorda.
– Então, eu vou acertar as contas com você. – Disse alguém.
–
Mal as palavras da mulher gorda foram ditas, uma voz gélida ecoou na entrada do escritório.
Liliane estremeceu, seus olhos se voltaram para o homem que entrou.
Sua figura alta e imponente irradiava dignidade, deixando todos na sala com um peso no coração.
Naquela escola, as crianças eram ricas ou abastadas.
A mulher gorda logo reconheceu quem era o recém–chegado.
—
–
Sr. William! – Exclamou a mulher gorda, surpresa.
Como você pretende compensar as perdas do meu filho? Dez milhões? Ou talvez vinte milhões? Ou, quem sabe, arriscar todo o seu Grupo Melo? – Ameaçou William, encarando ela com frieza.
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A mulher gorda ficou pálido como um papel.
–
Sra. William, eu estava errada! Por favor, me perdoe! Foi culpa do meu filho, eu farei com que ele se desculpe imediatamente! Desculpe, desculpe! – Empolou a
mulher gorda.
Você acha que estou sem dinheiro? – Zombou William, em tom sarcástico.
–
Não quero mais ver vocês. Se eu encontrar vocês novamente, em três dias, farei com que o Grupo Melo desapareça completamente de Serafim.
–
– Sim, sim! – Respondeu a mulher, apressadamente, então saiu correndo do escritório com seu filho.
–
– Sr. William, essas duas crianças são as que mencionei, elas ajudaram Breno. – Disse Helena, se aproximando.
Liliane já estava desconfortável e com a fala de Helena, sentiu ainda mais
vontade de abraçar os rostos das crianças.
William baixou o olhar, ao ver Alice e Ian, ficou atordoado.
A menina se parecia muito com Liliane!
O menino, parecia muito com Breno!
William ergueu o olhar abruptamente para a mulher de óculos escuros.
Ele sentiu algo, como se estivesse prestes a ver alguém que ansiava dia e noite.
– Professora Helena, saia! – Disse William, mantendo a expressão séria.
–
Helena concordou, deixando às pressas o escritório e fechando a porta.
No escritório, a atmosfera ficou constrangedora.
Liliane queria fugir, mas suas pernas pareciam pesadas como chumbo.
Alice e Ian olhavam para o homem e para Liliane.
–
Quem diabos você é? – Perguntou William, com a voz meio trêmula, se aproximando de Liliane.
– Senhor, você está entediado? Quantas vezes você vai fazer essa pergunta? –
–
Retrucou Liliane, reprimindo o pânico e nervosismo.
Você é a Liliane! Não é? – Questionou William, tinha certeza em seu tom, mas seus olhos expressavam incredulidade.
O rosto do homem ́estava bastante complexo, Liliane franziu o cenho, nunca o viu assim antes.
Era como se tivesse encontrado alguém que desejava havia muito tempo, mas não ousava acreditar.
–
Senhor, você está enganado, eu não sou nenhuma Liliane. – Respondeu Liliane.
–
– Você está mentindo! – Disse William, apontando para as duas crianças. – Eles se parecem muito comigo. Como você explica isso? ·
Capítulo 128