Capítulo 126
Professora? Atendeu Liliane, apressadamente.
Sra Marques, poderia vir à escola? Aconteceu que Alice se envolveu em uma briga com um colega e o rosto dele foi arranhado até sangrar. – Avisou Helena.
Liliane sentiu um aperto no coração,
Como está Alice? O que aconteceu com ela? – Perguntou Liliane.
Alice está bem, não se preocupe. Respondeu Helena.
Estou indo agora. Disse Liliane.
Após encerrar a ligação, Liliane se apressou para a escola.
A empresa não ficava longe da escola infantil, apenas a 15 minutos de carro.
Liliane entrou na escola e caminhou rapidamente em direção ao escritório da professora.
Ao chegar à porta, ouviu uma mulher resmungando alto.
Que tipo de alunos essa escola aceita? Vocês ousam aceitar crianças sem educação e sem modos? Isso precisa ser explicado e os pais dela devem pagar por isso! – Xingou a mulher. Depois de insultar, ela acrescentou de maneira
zombeteira. Uma bastarda sem pai!
–
Liliane apertou com firmeza as mãos, entrou no escritório com expressão gelada.
Na sofá, uma mulher de porte robusto segurava seu filho, com uma atitude desafiadora.
O rosto da criança tinha duas marcas de arranhões.
A professora se desculpava continuamente ao lado.
Alice e Ian estavam em pé diante da mulher, encarando ela em silêncio.
Especialmente Alice, com seus belos olhos úmidos e punhos trêmulos.
–
Sra. Marques, que bom que chegou! – Cumprimentou Helena, com pressa, ao ver Liliane.
Alice e Ian também se voltaram para Liliane. Alice começou a chorar ao ver ela.
Mamãe, eu não sou uma bastarda, eu não sou uma bastarda. – Soluçava Alice, apontando para o menino. – Foi ele, ele que começou a me intimidar! Ele insultou outro garoto que se parece com Ian, dizendo que ele não é normal, parece ter
Após a explicação de Alice, Liliane entendeu a situação.
Seus dois filhos estavam envolvidos com o filho de William.
Liliane se aproximou de Alice, se agachou e pegou um lenço para enxugar as lágrimas em seu rosto.
–
Sei que você estava tentando
– Alice. – Falou Liliane, com uma voz suave. ajudar, isso é incrível. Estou elogiando você. Mas ajudar pode ser feito de muitas maneiras e bater não é apropriado. O que você acha, Alice?
– Mamãe, eu sei que fiz errado. – Disse Alice, chorando.
Liliane abraçou Alice, deu uns tapinhas suaves em suas costas e olhou para Ian.
– Ian, você ajudou Alice a pedir desculpas? – Perguntou Liliane.
– Já pedi desculpas, mas parece que esta senhora não está satisfeita. – Respondeu Ian, com olhos frios.
Liliane concordou, acariciou os cabelos de Ian e se levantou.
–
Peço desculpas, senhora! Eu vou me responsabilizar pelos custos médicos, porque a minha filha que machucou o seu. – Disse Liliane, olhando para a mulher à sua frente.
– O valor dos custos médicos é insignificante! – Disse a mulher gorda, batendo na mesa com raiva. – Meu filho sofreu traumas psicológicos!
Liliane olhou para o menino que estava entretido no celular, parecendo não ter nada de errado com sua saúde mental.
– Então, o que você deseja fazer? – Perguntou Liliane, não pôde deixar de rir de leve.