Capítulo 112
A voz do homem fez Liliane virar de imediato.
Quando William se deitou ao seu lado?
Como ela não percebeu?
Sim, tive um pesadelo. – Respondeu Liliane, tentando esconder sua surpresa e
baixando os olhos..
–
– Sonhos são o oposto da realidade, não precisa se preocupar demais. – Acalmou
William, se sentando.
– Quando você entrou? – Perguntou Liliane, mordendo o lábio e mudando de assunto.
– Pouco depois das três da manhã, voltei tarde demais, por isso não te acordei. – Respondeu William, levantou o cobertor e saiu da cama.
-E sobre você e a familia Lima… – Perguntou Liliane, observando o rosto ligeiramente cansado do homem.
– Não precisa se preocupar com isso, apenas cuide da sua saúde. Disse William, arrumou o roupão e se dirigiu ao banheiro.
– William, você estava falando sério com Mavis antes? Continuou Liliane, nervosa,
depois de uma pausa.
Qual parte? – Perguntou William, se virando para ela.
– Você disse que não deixaria uma amante engravidar. Respondeu Liliane,
erguendo o olhar.
– O que você quer dizer com isso? Indagou William, franzindo a testa.
–
– E se eu engravidasse, o que você faria? Perguntou Liliane, nervosa, segurando of
cobertor.
Os lábios finos de William se mexeram, pronto para responder, mas seu celular
tocou.
Ao ver a chamada no celular, sua expressão mudou num instante.
Observando a expressão dele mudar, Liliane, chocada, também olhou para seu celular.
No entanto, antes que ela pudesse ver o nome, William pegou o celular.
Sem saber o que a pessoa do outro lado da linha disse, a expressão dele ficou séria de imediato.
-Eu entendi, estou indo agora. Respondeu William, com voz pesada.
Liliane não teve tempo de perguntar o que aconteceu quando William entrou no
banheiro, trocou de roupa e saiu sem dizer uma palavra.
Vendo o homem se afastar, Liliane sentiu uma onda de inquietação.
Suspirou, se sentindo chateada e acariciando sua barriga.
Desta vez, não consegui terminar. Murmurou Liliane.
Reorganizando seus pensamentos, Liliane se levantou e desceu as escadas.
Nos últimos dias, Lucinda vinha preparando refeições variadas para ela.
Se não fosse pela fragilidade da saúde de Liliane, seu ventre teria crescido mais.
– Srta. Liliane, você está com uma aparência muito melhor. – Comentou Lucinda.
– Lucinda, não precisa ser tão formal. Me chame de Liliane. – Disse sorrindo..
– Isso não parece apropriado. Hesitou Lucinda.
– Regras podem ser quebradas. A menos que você não me veja como parte da família.
– Disse Liliane.
–
– Não é isso, Srta. Liliane. Eu já a considero como minha própria filha. Respondeu
Lucinda, balançando a cabeça apressadamente.
Liliane sorriu, olhando para Lucinda, que corou de leve.
Me chame de Lili, mais intimo. Sugeriu Liliane.
A tarde, enquanto Liliane estava tomando sol no jardim, seu celular tocou.
Vendo um número desconhecido, ela franziu a testa e atendeu.
Olá, quem é? Perguntou Liliane.
Liliane. – A voz de Mavis ressoou. Você está livre? Vamos nos encontrar amanhã.
– Não
–
quero. – Recusou Liliane, com frieza, prestes a desligar.
– Você não quer saber sobre o seu passado? Perguntou Mavis, com pressa.
Liliane parou, colocando o celular de volta ao ouvido.
–
–
O que
você quer dizer? – Indagou Liliane.
Se quiser saber, nos encontramos amanhã às nove da manhã na Brisa do Café na
Rua da Flor. Vou te contar o que aconteceu em sua infância e as coisas que você
esqueceu sobre você e William. Se você quer ficar ao lado de William, esta é a sua
última chance! – Disse Mavis.
Terminando de falar, Mavis desligou a ligação diretamente.
Capítulo 113
