Capítulo 102
Me solte! – Grito Liliane, com a voz alta, lutando com esforço.
O homem deu um tapa forte no rosto de Liliane.
O som ressoou em seus ouvidos, fazendo com que Liliane quase perdesse o
equilíbrio.
Ele arrastou ela para dentro do carro.
Dirija – Ordenou o homem, ao motorista com frieza.
Liliane não se atreveu a resistir, sua força era insignificante diante daquele homem!
Se ele agisse violentamente, seu filho não estaria a salvo.
Ela decidiu se encostar na porta do carro, mantendo um olhar fixo no homem.
Cautelosamente, ela estendeu a mão ao bolso, tentando discar o número de
emergência de Jorge,
Apenas três toques na tela bloqueada a separavam de uma ligação.
No entanto, antes que Liliane pudesse fazer isso, o homem rapidamente pegou seu
celular, abaixou o vidro da janela e o jogou para fora.
O olhar chocado de Liliane se fixou do lado de fora da janela.
Que diabos de pessoa estava indo atrás dela?
Liliane não ousava imaginar o que aconteceria a seguir.
Por instinto, ela olhou para fora do carro, observando os cenários que passavam
rapidamente. Um sentimento de pavor crescia em seu coração.
Saltar do carro apresentava dois problemas: aborto ou ser forçada a abortar!
Liliane recolheu seus pensamentos, se forçando a se acalmar e encontrar uma
maneira de lidar com a situação.
Duas horas depois.
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O carro parou diante de um prédio baixo, cercado por uma floresta escura.
O homem puxou Liliane para fora do carro, enquanto o motorista abriu a porta do
predio. Liliane foi empurrada para dentro.
Antes que ela pudesse ficar firme, a porta foi fechada.
Liliane ficou chocada e se aproximou rapidamente, ela estava a prestes abrir a porta,
mas percebeu que foi trancada.
Quem são vocês? Por que estão me prendendo? Gritou Liliane, com a voz ansiosa,
batendo com força na porta.
A única resposta foi o som do motor do carro sendo ligado.
Liliane teve pensamentos sombrios, temendo que pudesse ser deixada para morrer
ali!
Quando desceu do carro, ela já havia percebido que aquele lugar era deserto e mesmo que gritasse o máximo que pudesse, ninguém viria em seu socorro!
Sem celular, sem comida!
Liliane, desesperada, se virou e olhou para o quarto, onde mal enxergava a mão na frente do rosto. Ela suprimiu o medo em seu coração e começou a tatear devagar ao
redor.
Mas tudo o que conseguia tocar era a frieza das paredes…
No mesmo instante.
Carlos e Marcela, sentados no restaurante, continuavam ligando para o celular de
Liliane.
–
– Ainda está desligado. Disse Carlos, suspirando e colocando o celular na mesa.
Marcela, nervosa, mal conseguia ficar sentada.
– Não, eu preciso ligar para o chefe! – Disse Marcela, depois de hesitar por um
momento.
–
William? Perguntou Carlos, confuso.
-Eu sabia que você não ficaria feliz, então eu não disse. Durante o tempo em que
você estava fora, Liliane foi deixada no Jardim Azul… – Revelou Marcela, soltando
um respiro fundo.
Marcela explicou a situação para Carlos, que franzia a testa profundamente.
Será que William desligou o celular dela por causa da minha ligação? – Disse
Carlos, com uma expressão de desanimo.
–
-Eu não tenho certeza, eu vou ligar para ele e sondar. Disse Marcela, balançando a
cabeça.
Dizendo isso, ela discou o número de William.
Depois de um momento, a voz grave de William soou.
– Alo. Disse William.
– Sr. William, desculpe incomodar. Eu queria saber se a Lili está aí. Tenho algo paral
falar com ela. Disse Marcela.
–
– Acabei de sair de uma reunião, não estou no Jardim Azul. – Disse William,
–
verificou o relógio e acrescentou. A essa hora, ela deveria em casa.
– Você pode me dar o número da sua casa? – Pediu Marcela, tentando. O celular da
Liliane está desligado.
– Eu retorno sua ligação mais tarde. Disse William, apertando as sobrancelhas.
Após encerrar a chamada, William discou o número de casa.
– Alo, senhor. Atendeu Lucinda.
O que Liliane está fazendo? – Perguntou William, com voz grave.
–
Srta. Liliane? – Disse Lucinda, estava um pouco confusa. Ela saiu para jantar com
os amigos e deve estar voltando em breve.
–
Jantar? Repetiu William, a voz dele esfriou. A que horas ela saiu?
–
–
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Capítulo 103